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Brasil Cai 6 Posições no Relatório Mundial da Felicidade 2018

  • 26/03/2018
  • Carla Furtado

Saiu a edição 2018 do Relatório Mundial da Felicidade ou World Happiness Report, iniciativa da Organização das Nações Unidas que alcança a 6ª edição. O Brasil perdeu 6 posições desde a última publicação, em 2017, passando de 22º para 28º entre 156 países. O que o documento traz é resultado da análise do período 2015-2017.

No rol dos aspectos avaliados estão a relação PIB/per capita, a expectativa de vida no nascimento, a existência de uma rede social de apoio diante de adversidades, a confiança no governo e nas organizações, a liberdade para fazer escolhas, a generosidade e, obviamente, a avaliação pessoal e subjetiva da própria felicidade. Para o relatório é realizada uma pesquisa com 3 mil pessoas em cada nação. São também empregadas informações do Banco Mundial, da OMS e da Gallup World Poll - pesquisa mundial independente capitaneada pelo Gallup desde 2005.

Dados os critérios, há um reincidente questionamento sobre as razões de países da América Latina, como o Brasil, estarem decentemente posicionais no ranking. Ocorre que latino-americanos tendem a reportar elevada satisfação com a vida, independente das condições socioeconômicas. O índice de avaliação subjetiva da felicidade costuma ser maior que nos demais países do mundo e independe da renda per capita. Nesse aspecto, o relatório é emblemático: "Está claro que há mais na vida que salários e que temos o que aprender com os cidadãos da América Latina". 

Contudo, não se deve menosprezar o peso da corrupção e da violência, fatores esses responsáveis pela atual situação do Brasil, que caiu 12 posições no ranking desde 2016.  No caso da corrupção, ela é relevante na metodologia e está contida no aspecto intitulado "Confiança". A falta de confiança afeta a eficiência econômica do país e a saúde de seus cidadãos, a boa governança é capaz de melhorar significativamente o bem-estar.

A ONU defende - desde 2012, quando instituiu o Dia Internacional da Felicidade (20.03) - que as nações devem romper com a "tirania" do PIB, que não é capaz de avaliar a qualidade do crescimento de um país. No lugar, a entidade defende algo similar ao FIB (Felicidade Interna Bruta), criado pelo Butão na década de 1970. Em sua essência, o FIB avalia o progresso a partir da tríade economia, bem-estar social e sustentabilidade.

O Relatório Mundial da Felicidade deste ano a Finlândia em primeiro lugar, seguida por Noruega, Dinamarca. Islândia e Suíça. Os países do norte da Europa parecem ter muito a ensinar no quesito bem-estar. Na lanterninha estão Iêmen, Tanzânia, Sudão, República Centro-Africana e Burundi. Com a crise migratória mundial, o documento traz ainda capítulos dedicados à felicidade daqueles que deixam seus países para trás em busca de melhores condições de vida.



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