Estado de Minas destaca participação da professora Carla Furtado em evento realizado no último fim de semana em BH, a convite da FIEMG, do SEBRAE e do IEL.
O Brasil perdeu 4 posições desde a última publicação do World Happiness Report (WHR), em 2018, passando de 28º para 32º entre 156 países. O relatório publicado no Dia Mundial da Felicidade (20.03) traz o resultado da análise do período 2016-2018. No rol dos aspectos avaliados estão a relação PIB/per capita, a expectativa de vida no nascimento, a existência de uma rede social de apoio diante de adversidades, a percepção de corrupção, a liberdade para fazer escolhas, a generosidade e a avaliação pessoal e subjetiva da própria felicidade. Para o relatório é realizada uma pesquisa com 3 mil pessoas em cada nação, sendo também empregadas informações do Banco Mundial, da OMS e da Gallup World Poll.
Esta é a 7ª edição do documento, lançado em 2012 em apoio à reunião do alto comissariado da ONU intitulada ?Bem-Estar e Felicidade: Definindo um Novo Paradigma Econômico?. Foi naquela ocasião que o Butão, pequeno reino situado na cordilheira himalaia, e seu modelo Felicidade Interna Bruta (FIB) ganharam notoriedade mundial. O FIB propõe que a mensuração da evolução das nações leve em consideração, além dos aspectos econômicos, o bem-estar social e a preservação do meio ambiente. Na histórica sessão de 2012, a ONU apresentou formalmente o FIB como opção ao PIB.
Este ano, o WHR traz novamente a Finlândia em primeiro lugar, seguida por Dinamarca, Noruega, Islândia e Holanda. Na lanterninha estão Ruanda, Tanzânia, Afeganistão, República Centro-Africana e Sudão. Dos países da América Latina, destacam-se Costa Rica (12º), México (23º) e o Chile (26º). A título de curiosidade Estados Unidos estão em 19º, Portugal em 66º e Butão em 95º - esse último impactado pelo baixo PIB/per capita.
Já o Brasil amarga perdas sucessivas. Vem caindo desde 2015, quando chegou a ocupar a 16ª posição. Pesam contra a nossa felicidade a crise financeira, o medo da violência e a falta de confiança no Estado. De acordo com o Gallup, o País conseguiu bater o recorde no quesito descrença nas lideranças políticas ? considerando a série histórica da avaliação e todos os países participantes.
Generosos São Mais Felizes
Nesta edição, o WHR dedicou-se a explorar evidências científicas na relação Felicidade e Comportamento Pro-Social, compreendido como a intenção de beneficiar outras pessoas ou a sociedade como um todo. A correlação é positiva: destinar parte do próprio tempo para ajudar os outros traz benefícios emocionais. O trabalho voluntário, por exemplo, está associado a maior satisfação com a vida, mais emoções positivas e redução da depressão. O chamado prosocial spending, quando se faz uso do próprio dinheiro em prol de terceiros, também está ligado ao incremento na percepção de felicidade.
EUA Estão Mais Tristes
Os americanos deveriam estar mais felizes. A taxa de criminalidade caiu, o desemprego caiu e a renda per capita cresceu. Mas, ao contrário, assim como o Brasil o país apresenta declínio. Várias explicações confiáveis foram postuladas para explicar a redução na felicidade entre os americanos adultos, incluindo baixas no capital social e no apoio social e aumento da obesidade e do abuso de substâncias. Além disso, houve mudanças fundamentais na forma como americanos passam o tempo de lazer: é cada vez maior o consumo de recursos digitais e menor a interação humana. Os adolescentes são os mais afetados, especialmente as meninas.